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“Café fake” chega aos mercados brasileiros

Foto do escritor: Michael AndradeMichael Andrade

Informações/ G1


O café é uma paixão nacional e faz parte da rotina do brasileiro, mas nem sempre o que está na xícara do consumidor é 100% café. Nos últimos meses, com o preço do produto nas alturas, um novo produto tem sido vendido: o “pó sabor café”, apelidado de “café fake” ou “cafake”. O item contém misturas de milho, cevada e até cascas, sem aviso claro no rótulo. A prática, além de enganar o consumidor, levanta preocupações sobre fiscalização e qualidade.


A alta no preço do café tem levado ao aumento de fraudes no mercado, tornando a adulteração do produto um dos principais problemas para os consumidores. Esse tipo de fraude é uma grande preocupação para a indústria cafeeira, principalmente pelo cenário econômico desfavorável vivenciado, e o consumidor fica vulnerável diante de embalagens ilusórias.


O que é o café fake e como ele chega ao mercado?


O café adulterado, também chamado de “cafake”, surge principalmente por dois fatores: redução de custos e falta de fiscalização rigorosa. Sem um controle eficiente, marcas conseguem vender esses produtos como se fossem cafés puros, enganando os consumidores. São inseridos elementos como cascas, paus, pedras e até palhas no produto, visando reduzir custos e aumentar o volume vendido


Segundo especialistas, existem algumas pistas que podem indicar se o consumidor está levando para casa um “café fake”.


Preço muito abaixo do normal: se o valor for significativamente menor que o de outras marcas, é um sinal de alerta.


Rótulo impreciso: a embalagem deve conter os termos “café torrado em grão” ou “café torrado e moído”. Se houver outras descrições como “bebida sabor café”, pode ser sinal de adulteração.


Cor e textura do pó: cafés 100% puros tendem a ter uma coloração marrom-avermelhada. Caso o pó seja muito escuro, quase preto, pode indicar excesso de torra ou presença de outros ingredientes.


Cheiro e sabor: o aroma do café puro é intenso e característico. Cafés falsificados podem ter um cheiro mais fraco ou que se assemelhe ao de “borracha queimada”.


No Brasil, a legislação determina que um produto só pode ser chamado de “café” se for feito exclusivamente com grãos de café torrados e moídos. Caso haja qualquer outro ingrediente na mistura, a embalagem deve deixar isso claro com termos como “mistura para café” ou “bebida a base de café”. No entanto, nem sempre a regra é respeitada, e os consumidores acabam levando para casa um produto que não é exatamente o que parece.

 
 
 

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