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PF dá orientações para pais e responsáveis sobre abusadores online no período de férias

Foto do escritor: Michael AndradeMichael Andrade

Redação Itapuama FM

Apenas 7 minutos. Este é o tempo que um abusador experiente leva para atrair uma criança online e marcar um encontro com ela através das redes sociais, segundo a Polícia Federal. Por conta do período de férias escolares, crianças e adolescentes ficam mais tempo em frente às telas e expostas a criminosos.


Pesquisas recentes mostram que 8 em cada 10 adolescentes brasileiros já estão nas redes sociais e por isso a supervisão, monitoramento e orientação são importantes para garantir a segurança.

Segundo a PF, a cada 8 minutos uma criança é violentada no Brasil. Além disso, uma foto de nudez da criança chega a valer R$ 5 mil e um vídeo com cenas de abuso chega a R$ 10 mil.


No ano de 2024 foram realizadas pela Polícia Federal em todo o Brasil 719 operações com 293 presos e 661 Mandados de Busca Cumpridos. Em Pernambuco, foram 20 operações com 31 presos e 15 mandados de busca cumpridos. Entre os presos estão: professores, animadores de festas infantis, motoristas de escolas, parentes das crianças – como pais e tios – policiais e servidores públicos.

A PF destaca que os abusadores de crianças utilizam Lan Houses para não serem identificados. Usam perfis falsos, negam a idade, nome, endereço e se fazem passar por crianças e adolescentes.


Além disso, eles abordam temas sexuais de forma sutil, usando fábulas para reduzir a sua inibição e cativá-la, perguntam onde fica o computador na casa e se existe algum adulto vendo a conversa dos dois.

Para conseguir se aproximar das vítimas, os abusadores se mostram interessados nos problemas das crianças e oferecem ajuda, convencem os menores de idade a ligar a webcam para conseguir imagens e vídeos.


A Polícia Federal destaca que as crianças que são molestadas mudam de comportamento ficando retraídas, deprimidas, isoladas e tristes, apresentam choro em demasia, têm queda no rendimento escolar e dificuldade na aprendizagem e não querem mais frequentar as aulas quando o abusador é da escola.


Quando o abuso é dentro de casa, as crianças se recusam a ficar perto do parente, ficam agressivas, desenvolvem uma perda da autoestima e podem chegar a se mutilar.


A Polícia Federal recomenda que os pais mantenham um diálogo aberto e de confiança com os filhos e pontua que, em alguns casos, a rotina de trabalho acaba afastando este vínculo familiar.


A OMS (Organização Mundial de Saúde), Sociedade Brasileira de Pediatria, recomenda que os pais estabeleçam limites de uso dos celulares e computadores aos seus filhos. A primeira recomendação é que crianças de 0 a 2 (dois) anos não devem ser expostas a telas em nenhum momento.


É recomendado o período de 1 hora por dia para crianças de 2 a 5 anos, tempo de 1 a 2 horas por dia para faixas etárias de 6 a 10 anos e de 2 a 3 horas para adolescentes de 11 a 18 anos.

É orientado que em casos de compulsão por telas, os pais levem os filhos para locais como cinemas, corridas, teatros, restaurantes, shoppings, parques e praias.


Os pais e responsáveis devem informar os filhos sobre os perigos das redes sociais e Internet e recomendar que eles não coloquem informações pessoais em sites, entre elas: números de documentos, endereço residencial ou da escola, nome dos pais, foto da frente da residência, foto do carro com a placa exposta, da fachada do colégio, fotos com rol de amigos; entre outras.

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