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  • Conselho permite que farmacêuticos prescrevam medicamentos; entidades médicas apontam ilegalidade

    Informações/ Portal G1 O Conselho Federal de Farmácia (CFF) publicou uma resolução que autoriza farmacêuticos a prescrever medicamentos, incluindo aqueles que exigem receita médica. A nova norma foi divulgada no Diário Oficial de segunda-feira (17) e passa a valer no mês que vem. Segundo o CFF, a prescrição de remédios que precisam de receita estará restrita ao farmacêutico que possua Registro de Qualificação de Especialista (RQE) em Farmácia Clínica. Esse registro foi instituído pelo CFF neste ano e será concedido para quem faz cursos de qualificação em áreas específicas. No ano passado, o CFF publicou outra medida sobre o tema. No entanto, ela foi derrubada pela primeira instância da Justiça Federal no Distrito Federal. Antes da continuidade do julgamento em outras instâncias, o conselho emitiu nova resolução. A medida gerou reação de associações médicas , que questionam a capacitação dos farmacêuticos para a função e alegam que a atividade não faz parte do trabalho desses profissionais. O exercício da medicina e da farmácia são regulamentados com leis que definem o que faz parte de sua atividade profissional. Na legislação sobre os farmacêuticos, não há citação direta à diagnóstico e prescrição de medicamento. No entanto, o CFF afirma que a nova norma foi emitida para regulamentar pontos já previstos na lei, o que é questionado por especialistas. O que diz a regulamentação Entre outros aspectos, a resolução CFF Nº 5 DE 20/02/2025 permite que o farmacêutico: prescreva medicamentos ( incluindo os de venda sob prescrição ); renove "prescrições previamente emitidas por outros profissionais de saúde legalmente habilitados"; faça exame físico de sinais e sintomas, realize, solicite e interprete exames para avaliação da efetividade do tratamento. Para isso, eles se basearam na licença que o farmacêutico tem de traçar o perfil farmacoterapêutico do paciente. Para o CFF, isso dá ao farmacêutico o direito de prescrever medicamentos e renovar receitas. O advogado Henderson Furst, especialista em Bioética e Professor de Bioética e Direito das Organizações de Saúde da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein. Ele explica que esse não é o entendimento legal. "O perfil diz respeito a entender a reação entre medicamentos que aquele paciente toma. Por exemplo, a ginecologista passa uma medicação e o cardiologista outro. Esses médicos não se falam. Quando você vai comprar, o farmacêutico pode avaliar se há interação entre as medicações, se você deve voltar ao médico para rever. É muito mais sobre um reforço de cuidado com o paciente. Ela não pode, por exemplo, sinalizar a interação e trocar a medicação", explica. A resolução ainda permite que o farmacêutico: Colete dados por meio da anamnese farmacêutica Faça exame físico com a verificação dos sinais e sintomas Realize, solicite e interprete exames para avaliação da efetividade do tratamento A proposta do conselho é que o profissional faça algo parecido com uma consulta médica. A adoção de pronto atendimento em farmácias vem sendo ventilada no ramo, com uma das gigantes do segmento anunciando a proposta como parte dos seus planos futuros. O advogado Henderson Furst explica que a regulamentação está tentando atender uma demanda de mercado, mas que há muitas lacunas legais. "A proposta é que o farmacêutico atue como médico, mas não há legalidade nisso. É uma tentativa de entrar em um mercado, mas estamos falando de saúde. Se ele solicitar exames, como o plano médico vai aceitar um pedido? O SUS vai aceitar uma solicitação de exame feita na farmácia?", questiona. O CFF: rebateu as críticas de entidades médicas, dizendo que a "prescrição terapêutica não é atividade privativa dos médicos"; afirmou que a prescrição de medicamentos está "vinculada" aos farmacêuticos com registro de especialista; que os farmacêuticos não podem prescrever medicamentos que possuam "notificação de receita, como os chamados de tarja preta"; que a decisão está embasada na lei que regula a profissão e nas diretrizes curriculares do curso de farmácia. O conselho ainda alega que há um reconhecimento do Ministério da Saúde, como com a prescrição de profilaxias pré e pós-exposição ao HIV (PrEP e PEP). "A prescrição de PrEP e PEP por farmacêuticos e enfermeiros é regulada por conselhos de classe, sendo estimulada pelo Ministério da Saúde como parte dos esforços de eliminação do HIV como problema de saúde pública no país e de ampliação do acesso aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) a estratégias de prevenção", informou o conselho. A reportagem questionou o CFF sobre como será feita a fiscalização, já que, ao poderem diagnosticar, os profissionais passam a ser responsáveis pelos seus diagnósticos e pelas possíveis implicações. A entidade, porém, informou que isso só será definido após a medida entrar em vigor. Antes, disputa judicial sobre prescrição A nova resolução do CFF foi publicada poucos meses após uma decisão da 17ª Vara Federal Civil da Justiça no Distrito Federal contra outra norma do CFF sobre o mesmo tema. Ou seja, esta é uma segunda tentativa. A Justiça do DF declarou ilegal a resolução 586/2013 que permitia que farmacêuticos receitassem medicamentos e outros produtos que não exigiam prescrição médica. Ainda cabe recurso da decisão. A resolução é mais um capítulo na disputa por espaço no mercado de saúde no Brasil, como o mercado de estética. O que o advogado explica é que, como no caso dos procedimentos, a segurança do paciente é dada a ele como responsabilidade. "É o paciente quem vai ter que cuidar da sua segurança, quando essa questão deveria ser vista como saúde pública", explica Furst. Resolução x lei da profissão do farmacêutico A lei que regulamenta a profissão do farmacêutico não tem nenhuma referência direta à permissão para prescrever medicamentos. No caso da nova resolução, o CFF argumenta que ela foi emitida justamente para regulamentar dois pontos específicos da legislação de 2014 que aponta quais são as competências dos farmacêuticos. A lei nº 13.021 de 8 de agosto de 2014 diz que esse profissional deve, entre outros pontos, "estabelecer o perfil farmacoterapêutico no acompanhamento do paciente, mediante elaboração, preenchimento e interpretação de fichas farmacoterapêuticas". Ao publicar a nova resolução, o CFF justifica no texto que buscava justamente "regulamentar o ato de estabelecer o perfil farmacoterapêutico". Na visão do CFF, estabelecer o perfil farmacoterapêutico é todo o conjunto de ações que permitem ajudar o paciente com o tratamento , incluindo também a prescrição de medicamentos. A visão apresentada é questionada por especialistas e pela própria Justiça, que barrou a medida anterior. A explicação geral é que o perfil farmacoterapêutico tem a ver com a reação entre medicações, o acompanhamento sobre o uso da medicação e não com o diagnóstico e prescrição. Em nota, o Conselho Federal de Medicina (CFM) afirma que a "prescrição exige investigação, diagnóstico e definição de tratamento, competências exclusivas dos médicos, conforme o artigo 48, inciso X, da Lei nº 12.842/2013 (Lei do Ato Médico), as Diretrizes Curriculares Nacionais do MEC e jurisprudências consolidadas. A norma do CFF é um atentado à legalidade e à segurança da população". O conselheiro do CFM Francisco Eduardo Cardoso afirmou que a resolução é " absolutamente ilegal ". “Deveriam ter vergonha de publicar uma resolução como essa. Eles vão ter que responder na Justiça por editarem uma resolução ilegal e que coloca em risco a saúde da população", diz Cardoso. Na visão do representante dos médicos, o CFF não pode legislar sobre prescrição, diagnósticos e consulta médica. "O farmacêutico não tem competência legal e técnica para isso. É um ato de prevaricação. Eles já tentaram isso no passado e a Justiça negou. E isso será levado novamente à Justiça. O argumento de que eles entendem de remédios é insuficiente. São competências complementares”, afirma Cardoso. A Associação Paulista de Medicina (APM) fala em "silenciosa invasão de profissionais não habilitados no ato médico" e manifesta preocupação com medida do CFF. Em nota, a APM afirma que a prescrição de medicamentos é fundamental para a segurança e eficácia dos tratamentos, pois envolve a orientação detalhada de um médico sobre quais medicamentos um paciente deve tomar, em que dose, com que frequência e por quanto tempo. A APM destaca que o médico cursa a faculdade por seis anos e depois ainda faz de três a seis anos de residência para se formar e poder estabelecer o diagnóstico e a terapêutica com segurança. “Esta segurança vem com a história clínica inicial seguida de um minucioso exame físico. Mesmo assim, muitas vezes é necessário a solicitação de exames complementares para que a prescrição possa ser feita após um diagnóstico adequado. O farmacêutico não tem esta formação e, portanto, não tem a competência exigida para prescrever qualquer medicamento. Pode sim e deve indicar substituto para determinada droga, alertar sobre eventuais efeitos colaterais e interações medicamentosas”, diz o presidente da APM, Antônio José Gonçalves. Disputa mercadológica A farmacêutica Maria Fernanda Salomão, professora de farmácia das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), em São Paulo, afirma que o questionamento sobre a possibilidade de prescrição é resultado do desconhecimento da profissão e de uma "disputa mercadológica". "A prescrição precisa ser de farmacêutico especialista. Tem toda uma questão de planejamento farmacêutico. Isso não é uma invenção do Brasil. Na Austrália, esse modelo é parecido. A prescrição farmacêutica já acontece em outros países", afirma Maria Fernanda. "As associações médicas que questionam a resolução não têm fundamento. Elas têm uma visão de que o farmacêutico vai prescrever sem nenhum critério. Farmacêuticos e médicos deveriam trabalhar mais juntos, porque há muito erro de prescrição médica. (...) Quantos mais profissionais forem aptos, mais saúde essa pessoa vai ter. E toda essa prescrição vai ser documentada. O paciente que tiver um dano pode processar a farmácia”, analisa a professora.

  • AGU vai à Justiça contra médico que ligou mamografia a câncer de mama

    Informações/ Agência Brasil Um médico que espalhou desinformação sobre o exame de mamografia é alvo de ação civil pública da AGU, Advocacia Geral da União, por meio da Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia. Nesta quinta-feira (20), o órgão informou ter acionado a justiça federal em Minas Gerais, estado onde o médico exerce a profissão. Com isso, a AGU pede que ele seja condenado por danos morais coletivos, por disseminar informações falsas relacionadas à mamografia. Em postagens no perfil das redes sociais, o médico chega a afirmar que o exame pode aumentar a incidência de câncer de mama, o que já foi negado por especialistas. A mamografia é um exame indicado, anualmente, para todas as mulheres a partir dos 40 anos, conforme explica o médico mastologista e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, Rodrigo Pepe. Em outubro do ano passado, a Sociedade Brasileira de Mastologia chegou a soltar uma nota manifestando preocupação com o aumento no “número de notícias falsas a respeito do tratamento e da prevenção do câncer de mama” e alertou que essa é a “principal neoplasia maligna entre as mulheres brasileiras”: são mais de 70 mil novos casos por ano, aqui no país. A ação da AGU pede que o médico pague R$ 300 mil em danos morais coletivos e que seja obrigado a apagar as postagens desinformativas; além de “publicar conteúdo pedagógico e informativo sobre a mamografia produzido pelo Ministério da Saúde”, no mês de outubro, época da campanha do Outubro Rosa, de prevenção ao câncer de mama. Ao acionar a justiça, a AGU alega que a propagação dessas desinformações sobre o assunto pode desestimular mulheres a fazerem o exame preventivo, inclusive porque o médico tem mais de 1 milhão de seguidores em um dos perfis na internet.

  • Brasil teve 2 mil e 700 mulheres resgatadas de trabalho escravo em 10 anos

    Informações/ Agência Brasil Imagem/ MDHC/DIVULGAÇÃO Em 10 anos, 2,7 mil mulheres foram resgatadas em trabalho semelhante à escravidão no Brasil. Os dados são de um relatório de fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), feito entre os anos de 2013 e 2023. Minas Gerais lidera o ranking com 510 mulheres libertadas, seguido por Pará, com 419, e São Paulo, com 229. De acordo com o relatório, as mulheres vítimas desse crime têm um perfil de alta vulnerabilidade: 66%, ou duas em cada três estudaram só até o ensino fundamental; e 16% delas, o equivalente a uma em cada seis, eram analfabetas. Também duas em cada três eram trabalhadoras rurais atuando na pecuária e em lavouras, especialmente na de café. A cada dez resgatadas, sete são negras. Invisíveis Segundo o MTE, o número de mulheres nessa situação pode ser ainda maior. Isso porque muitos casos não são identificados. São as chamadas “trabalhadoras invisíveis”, porque desempenham atividades com menos visibilidade, como cuidadoras de crianças ou cozinheiras. Auditores do Ministério do Trabalho apontam ainda que, apesar de as mulheres resgatadas serem minoria, representando 3% do total, em muitos casos são idosas com décadas de vida submetidas a condições degradantes de exploração. Muitas delas sequer têm família ou amigos, porque começaram a trabalhar ainda quando crianças na casa do empregador.

  • Justiça amplia atendimento a pacientes com TEA em Arcoverde

    Informações/ Agência Rádio Web A Câmara Regional de Caruaru concedeu uma liminar que determina ao Estado de Pernambuco e ao município de Arcoverde, no Sertão, a obrigação de garantir tratamento multidisciplinar a pacientes com transtorno do espectro autista (TEA) residentes no município. A decisão prevê a abertura imediata de 200 novas vagas em centros especializados, o aumento de repasses financeiros e o credenciamento de novos institutos de atendimento. A medida atende a um recurso do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que contestou a decisão anterior, que alegava ausência de previsão orçamentária para ampliar o serviço. Os desembargadores da Câmara destacaram que a negativa inicial compromete direitos fundamentais, como a saúde e a dignidade da pessoa humana, ressaltando que a omissão do poder público coloca em risco a integridade e o desenvolvimento das crianças que necessitam de atendimento especializado.

  • Recital para Revoar, do Teatro de Retalhos, entra em cartaz na Estação da Cultura a partir de amanhã (22)

    Informações/ Redação Itapuama FM Amanhã (22) o Temporadas Circulador abre as portas para o Recital para Revoar, do Teatro de Retalhos. O espetáculo conta a jornada de Téo, um menino que no seu caminho rumo ao Olho d’água Sagrado descobre a grandeza da vida em suas diversas formas. O Recital para Revoar é livre para todos os públicos e acessível em Libras. A entrada será na modalidade Pague Quanto Puder! A temporada do espetáculo segue nos dias 23, 29 e 30 de março, na Estação da Cultura. Nos sábados, às 20h e nos domingos às 19h.

  • 1ª Jornada de Saúde Mental de Arcoverde segue com inscrições abertas

    Informações/ Redação Itapuama FM A 1ª Jornada de Saúde Mental de Arcoverde – que será realizada nos dias 15 e 16 de agosto – terá a presença de palestrantes como o poeta e escritor Braulio Bessa; o psiquiatra Thiago Fernandes, os escritores Ariel Freire e Socorro Acioli, entre outros nomes. As inscrições estão abertas e podem ser feitas através do Instagram @fernandaoliveirapsicologaGT. O evento tem vagas limitadas e promete ser um marco na conscientização e promoção da saúde mental na região​.

  • Corrida e Caminhada Somos Todos Raros, da Faculdade de Medicina do Sertão, será no domingo (23) em Arcoverde

    Informações/ Redação Itapuama FM A Faculdade Medicina do Sertão, em parceria com o Instituto Breno Bloise e a Fundação Terra, realiza mais uma edição da “Corrida Sertaneja” e “Caminhada Somos Todos Raros”, com um simpósio sobre saúde, bem-estar e inclusão. Os eventos acontecem amanhã (22) e domingo (23) aqui em Arcoverde e têm como objetivo conscientizar a população sobre as doenças raras e promover a inclusão social por meio da atividade física e do conhecimento. Desde 2019, o Hospital Mens Sana, mantido pela Fundação Terra e referência em reabilitação, tem catalogado 54 tipos de doenças raras. O evento, ao longo dos anos, tem promovido maior conscientização sobre o tema e incentivado diagnósticos precoces. PROGRAMAÇÃO SÁBADO | 22/03/25 | 08h às 12h SIMPÓSIO - Bem-estar, Saúde e Inclusão Evento gratuito (1Kg de alimento) 4 workshops com Certificação Local: Faculdade Medicina do Sertão (Avenida Osvaldo Cruz, 10017 - São Cristóvão, Arcoverde) DOMINGO | 23/03/25 | A partir das 05h30 II CORRIDA SERTANEJA & IV CAMINHADA SOMOS TODOS RAROS

  • Estudo mostra que 344 mil internações são associadas à falta de saneamento no Brasil

    Informações/ Agência Brasil O Brasil registrou mais de 344 mil internações por doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado em 2024, sendo que 168,7 mil estão relacionadas a alguma infecção propagada por um inseto-vetor, principalmente a dengue. Em segundo lugar, vêm as doenças de transmissão feco-oral (transmitidas peles fezes de um indivíduo infectado), como as gastroenterites causadas por vírus, bactérias ou parasitas, com 163,8 mil casos. Os dados são de pesquisa divulgada pelo Instituto Trata Brasil, nesta quarta-feira (19), antecipando o Dia Mundial da Água, comemorado em 22 de março. Apesar do grande número absoluto - que representa quase 950 internações por dia - desde 2008, os registros têm caído, em média, 3,6% ao ano. Situação nas regiões A situação em algumas regiões é mais preocupante. No ano passado, a incidência de internações na Região Centro-Oeste foi a maior do Brasil - 25,5 - por causa do surto de dengue. Já a Região Norte registrou 14,5 internações a cada dez mil habitantes por doenças de transmissão feco-oral, o dobro da taxa brasileira. Os estados em pior situação foram o Amapá, com incidência de 24,6 internações e Rondônia, com 22,2 internações por dez mil habitantes. A Região Nordeste registrou uma taxa geral próxima da média brasileira, mas também se destacou negativamente na análise de transmissões feco-orais. Além da região ter a segunda maior taxa de incidência do país, com 12,6 internações a cada dez mil habitantes, no estado do Maranhão, essa taxa chegou a 42,5, seis vezes mais do que a média brasileira. Apesar de não ser a única causa, essas doenças estão bastante relacionadas à falta de saneamento, já que são resultado da infecção por vírus, bactérias ou parasitas eliminados nas fezes de uma pessoa doente, e que são transmitidas para outras pessoas principalmente pelo consumo de água e alimentos contaminados e pela falta de higienização das mãos. As doenças transmitidas por insetos também têm relação com o saneamento, porque o acúmulo de lixo favorece a proliferação desses animais. Mais afetados Por causa disso, o Instituto Trata Brasil ressalta que elas afetam com maior intensidade as populações de menor status socioeconômico . Em 2024, 64,8% do total de internações foram de pessoas pretas ou pardas . Apesar dos indígenas responderem por apenas 0,8% do total, a incidência entre eles ficou em 27,4 casos a cada dez mil habitantes. As crianças e os idosos são os que costumam adoecer com mais gravidade , necessitando de internação. Entre as pessoas hospitalizadas em 2024, cerca de 70 mil eram crianças de até 4 anos, ou 20% do total. Nessa faixa etária, a incidência foi de 53,7 casos a casa dez mil pessoas, três vezes mais do que a média de todas as idades. Já entre as pessoas com mais de 60 anos, a incidência foi 23,6, com cerca de 80 mil internações, ou 23,5% do total. O Instituto Trata Brasil estima que o avanço da oferta de água tratada e da coleta e tratamento de esgoto pode reduzir em quase 70% a taxa de internações do país e promover uma economia de R$ 43,9 milhões por ano. Mortalidade O estudo também analisa a mortalidade associada a essas doenças, em comparação com dados de 2023. Neste ano, foram registradas 11.544 óbitos por doenças relacionadas ao saneamento ambiental , a maioria - 5.673 casos - por infecções feco-oral, e outras 5.394 causadas por doenças transmitidas por insetos. Os óbitos caíram entre 2008 e 2023 no país. No entanto, na maior parte dos municípios brasileiros, esse indicador ficou estagnado e em 1.748 cidades, a taxa de mortalidade cresceu neste período. As mortes, em 2023, foram bastante superiores entre os idosos, com 8830 ocorrências, ou 76% do total. Já o recorte por etnia mostra que a taxa de óbitos entre os indígenas foi quatro vezes superior à da população em geral, apesar da quantidade absoluta de casos ser bem menor do que entre as pessoas brancas ou negras.

  • Presidente Lula defende taxação dos mais ricos para isentar IR dos mais pobres

    Informações/ Agência Brasil O presidente Lula defendeu, nesta quarta-feira (19), no Ceará, a proposta de aumento da taxação dos mais ricos para possibilitar a isenção do Imposto de Renda para pessoas que ganham até R$ 5 mil. A proposta foi entregue esta semana na Câmara dos Deputados.  Lula esteve na capital Fortaleza para inauguração do Hospital Universitário do Ceará, junto com os ministros Camilo Santana, da Educação, e Alexandre Padilha, da Saúde. “Eu não sou economista, mas eu tenho uma tese na economia. E a minha tese é simples: se pouca gente tiver muito dinheiro, o Brasil vai continuar pobre, as pessoas vão continuar passando fome, as pessoas vão continuar sem emprego, as pessoas vão ter qualidade de educação pior. Agora, ao contrário, se todo mundo tiver um pouco, o Brasil vai ser muito melhor, porque o dinheiro tem que circular na mão de toda a sociedade”, enfatizou o presidente. Lula ainda fez um desafio aos que afirmam que o Brasil não vai crescer muito este ano e destacou que o país vai ultrapassar os 3% de crescimento do PIB novamente em 2025: “O Brasil vai crescer, outra vez, acima de 3% nesse país. É o país que mais tem crescido no mundo, praticamente. Tem um ou dois países que crescem mais do que nós. E vai continuar crescendo, porque o salário mínimo vai continuar crescendo acima da inflação, porque os acordos salariais vão ser feitos acima da inflação e porque a gente vai ter crédito, para que as pessoas possam tomar dinheiro emprestado, pagar juros mais barato e fazer os investimentos que quiserem”. A nova unidade hospitalar inaugurada no Ceará terá mais de 650 leitos, centro de imagem e serviços em mais de 30 especialidades. Segundo o governo federal, foram investidos mais de R$ 660 milhões em obras, equipamentos e mobiliários. Ainda foram destinados mais de R$ 411 milhões em emendas parlamentares.  O valor de custeio e o contrato de gestão da unidade envolve quase R$ 200 milhões por 13 meses.

  • VI GERES promove ação para fortalecer a notificação de violência em escolas de Arcoverde

    Informações/ Redação Itapuama FM A notificação de violência em escolas de Arcoverde foi tema central de uma ação estratégica promovida pela VI Gerência Regional de Saúde (VI GERES), em parceria com a Gerência Regional de Educação (GRE) de Arcoverde, a Secretaria de Educação, a Secretaria de Saúde do município e gestores de escolas municipais e estaduais. O evento teve como objetivo reforçar a rede de proteção às crianças e adolescentes, garantindo que cada caso identificado seja corretamente encaminhado para medidas protetivas. Atualmente, os registros de violência envolvendo jovens têm aumentado significativamente. Por isso, os gestores escolares precisam de capacitação permanente para reconhecer sinais de vulnerabilidade. De acordo com o gerente da VI GERES, Dayvison Amaral, a parceria entre saúde e educação é indispensável para enfrentar esse cenário. Além de capacitar os profissionais da educação, a iniciativa reforçou a importância de conscientizar as equipes escolares sobre os impactos da violência na saúde mental dos estudantes. A expectativa é reduzir os índices de violência entre adolescentes.

  • Terceira Mostra Mulher de Cinema chega ao Sertão do Pajeú na próxima segunda-feira.

    Informações/ Revista O Grito A terceira edição da Mostra Mulher de Cinema (MMC) será realizada entre os dias 24 e 28 de março em Afogados da Ingazeira, no Sertão do Pajeú. O evento, que tem entrada gratuita, promoverá exibições em diferentes locais da região, incluindo as comunidades de Varzinha, Queimada Grande e o Cine São José. A iniciativa tem como objetivo ampliar a visibilidade de filmes dirigidos ou codirigidos por mulheres e pessoas não binárias. Ao todo, 30 produções integram a programação. Uma das novidades desta edição é a exibição do longa-metragem Quem é essa Mulher?, da cineasta Mariana Jaspe, que narra a história de Maria Odília Teixeira, reconhecida como a primeira médica negra do Brasil. O filme será apresentado pela primeira vez no Cine São José. “É gratificante conferir um número grande de produções audiovisuais realizadas por mulheres em todo o Brasil. Esperamos que os filmes promovam reflexões transformadoras, não somente para as mulheres, mas para toda a nossa sociedade”, destacam as curadoras Bruna Tavares e Priscila Urpia. Além das sessões cinematográficas, a Mostra realizou entre os dias 10 e 14 de março a Oficina de Produção de Conteúdo Audiovisual, ministrada pela produtora cultural Narriman Kauane, na Comunidade da Varzinha. A atividade contou com a participação de moradores da comunidade, majoritariamente mulheres. Como resultado, foi produzido um curta-metragem com temática sugerida pelos participantes, que será exibido durante a Mostra. “Em 2025 a gente retorna às comunidades que visitamos na edição anterior, um reencontro mais que esperado com a intenção de fortalecer o acesso ao cinema nesses lugares. Além disso, convidamos toda população de Afogados da Ingazeira e região para participar das exibições, especialmente no Cine São José, reaberto e com novos equipamentos”, afirmou a produtora do evento, Rafaela de Albuquerque. A 3ª Mostra Mulher de Cinema é realizada pela Pajeú Filmes, com incentivo do Funcultura Audiovisual, Fundarpe, Secretaria de Cultura e Governo de Pernambuco. Confira a programação completa: 24/03 – Comunidade Queimada Grande – 19h Debaixo do pé de pequi (GO, 2024, 3’) de Maiári Iasi Diga ao povo que avance (RN, 2023, 15′) de Evelyn Freitas Operação rabisco (PE, 2024, 3′) de Jéssika Betânia Àquela Saudade (BA, 2022, 15′) de Agnes Aguirre Benzô (SP, 2024, 13′) de Letícia Andra 25/03 – Comunidade da Varzinha A Sombra (SP, 2024, 2’) de Marina Pastorino Por um fio (RJ, 2024, 10′) de Coletivo Aquilombar Itaguaí Pensão Alimentícia (GO, 2023, 16′) de Silvana Beline Liberdade sem conduta (RN, 2024, 17′) de Dênia Cruz Neide (SP, 2024, 6′) de Gabrielle Nunes 26/03 – Cine São José 8h – Matinê Eu e o boi, o boi e eu (MG, 2024, 5′) de Jane Carmen Oliveira Reflexos (RJ, 2024, 2′) de Gabriela Merino Lagrimar (RN, 2024, 13′) de Paula Vanina Um abraço (SP, 2024, 9′) de Carol Guimarães Turu turu (AL, 2024, 1′) de Larissa Lisboa 15h – Sessão livre 1 Na beira (CE, 2024, 4’) de Laila Borges Quem é essa mulher? (BA, 2024, 70′) de Mariana Jaspe 27/03 – Cine São José 8h – Sessão com acessibilidade Neide (SP, 2024, 6′) de Gabrielle Nunes Quatro Pontes (PE, 2024, 18’) de Tábata Clarissa de Morais A Menina Que Queria Voar (BA, 2024, 20’) de Tais Amordivino. Lagrimar (RN, 2024, 13′) de Paula Vanina 15h – Sessão livre 2 Quatro Pontes (PE, 2024, 18’) de Tábata Clarissa de Morais Casulo (SP, 2024, 20’) de Aline Flores Mamilos Poéticos: 2 anos de resistência (SP, 2023, 12’) de Lubix Faustina – Música Para Viver (SP, 2023, 4’) de Vitória Teixeira 28/03 – Cine São José 8h – Matinê 2 Conexão (PE, 2024, 16’) de Julie Ketlem A Menina Que Queria Voar (BA, 2024, 20’) de Tais Amordivino Teto cheio de furos (PE, 2024, 16’) de Raphaela de Paula e Thom Galiano Dor de Garganta (SC, 2022, 15’) de Jéssica (Jes) Martins 15h – Sessão livre 3 Divagar (RN, 2024, 5’) de Lupa Silva Wadja (PE, 2024, 29’) de Narriman Kauane Voz das fotografias (GO, 2024, 7’) de Camila Borges Santos Dançando com as Letras (GO, 2023, 7’) de Nayara Tavares II Nuovo Anno di Alice (SP, 2022, 2’) de Julia Tonon

  • Profissionais de saúde de Arcoverde rejeitam proposta do governo municipal e continuam mobilizados em busca de reposição salarial e gratificações

    A repórter Amannda Oliveira, do blog Falando Francamente, esteve ontem na Câmara de Vereadores e acompanhou a movimentação dos profissionais de saúde do município. Acompanhe a reportagem que também está disponível no Instagram Blog Falando Francamente e @itapuamafm.

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