Ex-militar de Belo Jardim é condenado a 27 anos por feminicídio e ocultamento de cadáver da esposa
- Michael Andrade

- 26 de set.
- 2 min de leitura

O ex-militar do Exército Brasileiro, Felipe Ruan Bezerra Cabral, foi condenado a 27 anos e 5 meses de prisão em regime fechado pelo assassinato da esposa, Lúcia Maria de Melo, em Belo Jardim, Agreste de Pernambuco. O crime ocorreu entre os dias 5 e 6 de agosto de 2022 e envolveu também a ocultação do cadáver, que até hoje não foi localizado.
A sentença, proferida nesta quarta-feira (24) pelo juiz Leonardo Costa de Brito, fixou a pena em 24 anos e 8 meses pelo homicídio qualificado e 2 anos e 9 meses pela ocultação do corpo, além de 260 dias-multa, cada um equivalente a 1/30 do salário mínimo vigente à época do crime.
De acordo com os autos, o feminicídio foi cometido dentro da casa da família, na Rua Ana Evangelista de Souza, onde também estava o filho do casal, uma criança em tratamento de saúde. O magistrado ressaltou que o réu demonstrou “ousadia anormal”, sem qualquer arrependimento, chegando a tentar imputar à vítima condutas que a desqualificassem perante os jurados.
Durante o julgamento, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) apresentou provas periciais, depoimentos de testemunhas e contradições nas falas do réu, que sustentava a tese de negativa de autoria e alegava que a esposa teria abandonado voluntariamente o lar. Os jurados rejeitaram a versão da defesa, que já interpôs recurso de apelação afirmando acreditar na anulação do júri popular pelas instâncias superiores.
O juiz destacou em sentença que “o agente não demonstrou apreço pela vida humana, praticando delito grave em local frequentado por profissionais de saúde e pelo próprio filho doente”.
A condenação prevê cumprimento inicial na Penitenciária de Tacaimbó, sob a fiscalização da 3ª Vara Regional das Execuções Penais de Pernambuco. A execução da pena será imediata, em razão da soberania das decisões do júri popular, conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF).
Apesar da condenação, o corpo de Lúcia Maria segue desaparecido. O MPPE informou que novas diligências poderão ser realizadas após o trânsito em julgado da sentença para tentar localizar os restos mortais da vítima.
Da redação Itapuama FM, com informações do G1
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