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Feminicídio com armas de fogo aumenta 45% no Brasil


Imagem/ Reprodução
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Um levantamento do Instituto Fogo Cruzado, realizado em 57 municípios até a primeira quinzena de agosto, aponta que 29 mulheres foram vítimas de feminicídio ou tentativa de feminicídio praticado com arma de fogo. A maioria não sobreviveu: 22 morreram. O número representa um aumento de 45% em relação ao mesmo período do ano passado.


De acordo com a professora de Ciências Sociais Márcia Oliveira, a violência contra a mulher é reflexo de uma violência maior da sociedade e o crescimento do acesso a armas de fogo desde 2018 contribui para o aumento desses crimes. O incentivo à compra e porte de armas, especialmente pelos CACs (colecionadores, atiradores e caçadores), amplia o risco de feminicídios cometidos com armas legalmente adquiridas.


A Região Metropolitana do Recife concentra quase um terço dos casos. No Rio de Janeiro, foram registradas 10 vítimas somente em 2025. Salvador e Belém também aparecem com números expressivos.


O estudo mostra ainda que a violência ocorre, em sua maioria, dentro de casa: 15 mulheres foram atacadas no próprio lar e, em 86% dos casos, o agressor era companheiro ou ex-companheiro. Outro dado preocupante é que em um a cada quatro casos o autor era agente de segurança pública.


A análise também aponta que a punição ainda é branda. Muitos agressores são reincidentes, passam anos sem julgamento e essa demora abre brechas para novas violências contra mulheres.


Da redação Itapuama FM, com informações da Agência Rádio Web.

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