Fumaça no Conclave: tradição e química revelam se há novo Papa
- Michael Andrade
- há 17 horas
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Informações/ Michael Andrade, Itapuama FM

A fumaça do Conclave é um dos símbolos mais emblemáticos da Igreja Católica. Ela traduz em poucos segundos o resultado de um processo que envolve espiritualidade, tradição e responsabilidade global.
Quando os cardeais se reúnem na Capela Sistina para eleger o novo Papa, um dos momentos mais aguardados acontece do lado de fora: a liberação da fumaça pela chaminé. Mas essa fumaça não é apenas um detalhe visual, ela carrega uma mensagem clara ao mundo e envolve tradição, simbologia e ciência.
A fumaça preta significa que ainda não houve consenso entre os cardeais e que nenhum nome atingiu os dois terços dos votos exigidos. Já a fumaça branca indica que o novo pontífice foi escolhido. A cor do sinal visual é essencial para que os fiéis reunidos na Praça de São Pedro e os milhões de espectadores ao redor do mundo entendam, em tempo real, o resultado das votações secretas.
Mas como essa fumaça muda de cor?
A resposta está na química. A fumaça preta é obtida com a queima das cédulas eleitorais misturadas a substâncias como perclorato de potássio, antraceno e enxofre.
Já a fumaça branca surge a partir de uma combinação de clorato de potássio, lactose (açúcar do leite) e colofónia, uma resina retirada de árvores coníferas. Essas fórmulas garantem densidade e visibilidade suficiente para serem reconhecidas até à distância.
Desde 2005, o Vaticano passou a utilizar um sistema eletrônico auxiliar que libera fumaça com as mesmas cores, reforçando o sinal tradicional em casos de dúvida ou baixa visibilidade. Tudo é preparado com o máximo de sigilo e rigor, respeitando a solenidade do momento.
E a partir desta quarta-feira, os olhos do mundo se voltam para a chaminé da Capela Sistina, na expectativa pela fumaça branca que anunciará a eleição do novo líder da Igreja Católica.
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