Justiça nega arquivamento e mantém investigação contra Esportes da Sorte em Pernambuco
- Michael Andrade

- 18 de jul.
- 2 min de leitura

A juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, negou o pedido do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para arquivar a investigação contra a empresa de apostas Esportes da Sorte e seu proprietário, Darwin Henrique da Silva Filho. A decisão, publicada na terça-feira (15), determina o envio dos autos à Procuradoria-Geral de Justiça de Pernambuco, que poderá arquivar o caso ou apresentar denúncia.
O processo faz parte da Operação Integration, deflagrada em setembro de 2024 pela Polícia Civil, que apura um suposto esquema de lavagem de dinheiro vinculado a jogos de azar. Entre os alvos da operação estão também o pai de Darwin, apontado como dono de banca do jogo do bicho, e sua esposa, Maria Eduarda Filizola. A influenciadora digital Deolane Bezerra também foi investigada.
O MPPE argumentou que, à época, as apostas online ainda não eram regulamentadas, e questionou a legalidade das medidas cautelares autorizadas pela magistrada. A juíza, no entanto, reafirmou a legitimidade da autoridade policial para solicitar tais medidas e afirmou que existem indícios veementes de crimes de alto impacto social e econômico.
Entre os pontos destacados está o bloqueio de R$ 6,3 milhões em uma conta no exterior, vinculado à empresa. Segundo a magistrada, o caso não trata apenas de jogos ilegais, mas de uma possível rede criminosa estruturada.
A Esportes da Sorte, por meio de nota, declarou que considera a decisão insustentável e reafirmou que suas atividades são legais, éticas e transparentes. A empresa também criticou a condução do caso.
A Operação Integration já teve desdobramentos envolvendo figuras públicas. Em setembro, a Justiça chegou a decretar a prisão preventiva do cantor Gusttavo Lima, mas a medida foi posteriormente revogada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).
Da redação/Itapuama FM, com informações do G1 PE
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