Morre Angela Ro Ro, ícone da música brasileira, aos 75 anos
- Michael Andrade

- 8 de set.
- 2 min de leitura

A cantora e compositora Angela Ro Ro, uma das vozes mais marcantes e autênticas da música popular brasileira, morreu nesta segunda-feira (8), aos 75 anos, no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pelo advogado da artista.
Internada desde junho no Hospital Silvestre com uma grave infecção pulmonar, Ro Ro enfrentava complicações de saúde. Segundo o advogado Carlos Eduardo Lyrio, ela teve uma nova infecção e não resistiu.
Trajetória
Nascida Angela Maria Diniz Gonsalves, recebeu ainda na infância o apelido de “Ro Ro”, em referência à voz grave. Começou a estudar piano clássico aos cinco anos e, mais tarde, tornou-se uma das artistas mais originais do país.
No início dos anos 1970, após temporadas na Itália e em Londres, foi indicada por Glauber Rocha para tocar gaita no disco Transa, de Caetano Veloso. De volta ao Brasil, começou a se apresentar em casas noturnas e assinou contrato com a gravadora Polygram/Polydor.
O primeiro grande sucesso veio em 1980, quando cantou “Amor, Meu Grande Amor” no Teatro Fênix, em uma performance que a consagrou como uma das principais vozes femininas do período.

Influenciada por Ella Fitzgerald, Maysa e Elis Regina, Ro Ro construiu uma obra original e intensa. Ney Matogrosso gravou Balada da Arrasada, Maria Bethânia interpretou Fogueira e Frejat regravou Amor, Meu Grande Amor.
Vida pessoal e desafios
Assumidamente gay desde o início da carreira, Angela Ro Ro quebrou barreiras e viveu intensamente suas paixões. Também enfrentou excessos, problemas de saúde e dificuldades financeiras. Em 2020, chegou a pedir ajuda nas redes sociais para pagar despesas básicas.
Sua última apresentação aconteceu em maio deste ano, antes do agravamento do quadro clínico.
Angela Ro Ro deixa um legado de coragem, autenticidade e música, sendo lembrada como uma das artistas mais ousadas e originais da MPB.
Da redação/Itapuama FM
Informações: TV Globo
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