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Pesquisa alerta para violĂȘncia contra LGBTs nas escolas

Da redação Itapuama FM, com informaçÔes da AgĂȘncia RĂĄdio Web

Imagem reprodução
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Apesar de avanços legais na proteção de direitos, estudantes LGBT+ seguem enfrentando altos Ă­ndices de violĂȘncia nas escolas brasileiras. É o que mostra a Pesquisa Nacional sobre o Bullying no Ambiente Educacional Brasileiro, revelando que 9 em cada 10 estudantes LGBT+ sofreram agressĂŁo verbal nas escolas em 2024.


O relato da travesti Paola, moradora de RibeirĂŁo Preto (SP), evidencia a gravidade do problema. “Sofri muito bullying, apanhei, fui xingada e maltratada sĂł por ser diferente. NĂŁo aguentei e parei os estudos na quinta sĂ©rie”, contou ela, por meio do jornalista Vitor Castro, jĂĄ que a dor da lembrança a impediu de gravar em ĂĄudio. Paola afirma que hoje sente algum alĂ­vio ao saber que existem leis de proteção, mas teme o aumento do discurso de Ăłdio em espaços pĂșblicos.


Segundo o coordenador da pesquisa, Gabriel Santinelli, da Aliança Nacional LGBTI+, o bullying homofĂłbico ou LGBTfĂłbico carrega dimensĂ”es especĂ­ficas de preconceito, e Ă© fundamental compreender como essa violĂȘncia se expressa para que se possa construir um ambiente escolar seguro, inclusivo e respeitoso.


Entre os dados mais alarmantes estĂĄ o fato de que 67% dos estudantes trans consideram a escola um ambiente pouco seguro. Entre gays, lĂ©sbicas, bissexuais e assexuais, o Ă­ndice chega a 49%. Os principais fatores apontados como motivadores da violĂȘncia sĂŁo expressĂŁo de gĂȘnero, orientação sexual e aparĂȘncia fĂ­sica — muitas vezes vinda nĂŁo sĂł de colegas, mas tambĂ©m de professores.


O Ministério da Educação, por meio do coordenador Erasto Mendonça, reforçou que o combate à LGBTfobia nas escolas estå alinhado com documentos como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos e a Diretriz Nacional de Educação, além de parcerias com instituiçÔes federais de ensino para capacitação de educadores.


Para mais informaçÔes sobre a pesquisa, acesse: www.aliancalgbti.org.br


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