Segunda edição do CNU terá chamada extra para mulheres
- Michael Andrade

- 1 de jul
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A segunda edição do CNU, Concurso Público Nacional Unificado, conhecido como Enem dos concursos, vai contar com a possibilidade de uma chamada extra para mulheres. A novidade, anunciada pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), foi criada para equilibrar a participação de mulheres e homens na segunda etapa do concurso.
O CNU será realizado em duas etapas. A primeira, com uma prova de múltipla escolha; a segunda, com uma prova discursiva ou redação.
Na primeira edição do concurso, segundo o MGI, 56% dos inscritos foram mulheres, mas apenas 37% delas foram aprovadas. A ministra Esther Dweck explicou que houve uma defasagem importante entre o número de mulheres inscritas e as que foram aprovadas:
“Não é uma reserva de vagas. Então, quem vai ser aprovado no final é quem teve a maior nota. Nenhum homem classificado deixa de entrar. Todos os homens que passaram vão continuar. Agora, a diferença é que a gente vai chamar mais mulheres para completar, tentar ter o mesmo número de homens e de mulheres fazendo a prova discursiva em cada cargo e também em cada modalidade. O mesmo vai se aplicado para pessoas negras, pessoas indígenas e quilombolas. E a nota final é quem tiver a maior nota”.
O edital da segunda edição do CNU já está adaptado à nova Lei de Cotas, com 25% das vagas destinadas a pessoas negras, 3%, a indígenas e 2%, a quilombolas. A cota para pessoas com deficiência permanece em 5%.
Ministra defende concurso
Para Esther Dweck, o concurso também representa uma reforma administrativa. Segundo a ministra, os novos servidores ainda não recompõem o número de funcionários que deixaram o governo, principalmente por aposentadorias.
“Não há um inchaço na máquina. Essa quantidade de pessoas que está entrando é muito inferior à que sai. Então, a gente tem um saldo líquido que continua sendo negativo. A gente, nesses anos agora, recuperou, mas tinha tido um saldo líquido negativo de mais 70 mil pessoas, e a gente aumentou um pouquinho desde que o presidente Lula entrou, porque a gente conseguiu contrabalançar da saída ser menor que a entrada, mas é muito temporário. A previsão é que vai continuar saindo. Então, de fato, a retomada de concursos públicos é uma etapa importante da reforma administrativa também”.
As inscrições para o CNU começam nesta quarta-feira (2) e vão até o dia 20 de julho. Pessoas cadastradas no CadÚnico, doadores de medula, bolsistas do Prouni ou com financiamento do Fies podem pedir isenção da taxa de inscrição, de R$ 70.
O prazo para o pedido vai até o dia 8 de julho. São ofertadas 3.652 vagas, para 32 órgãos públicos federais, divididas em nove eixos temáticos. A primeira etapa do concurso será realizada no dia 5 de outubro. Os aprovados para segunda etapa farão as provas no dia 7 de dezembro.
Mais informações no site gov.br/gestao.
Da redação Itapuama, com informações da Agência Brasil



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