Brasileiras vão às ruas contra o feminicídio
- Michael Andrade

- há 12 minutos
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A mobilização Mulheres Vivas, realizada em diversas cidades neste domingo (7), reuniu milhares de pessoas em um chamado urgente diante do crescimento das violências de gênero no Brasil. Só em 2024, o país registrou 1.450 feminicídios — alta de 12% e o maior número desde a criação da lei que endurece as penas para esse crime.
O movimento trata o feminicídio como emergência nacional. Entre os eixos principais das reivindicações estão:
• Delegacias da Mulher 24h, atendimento especializado e implantação das Casas da Mulher Brasileira;
• Casas-abrigo e acolhimento imediato;
• Respostas rápidas do sistema de Justiça, incluindo efetivação da lei da violência psicológica;
• Autonomia imediata para mulheres em risco.
O documento também cobra proteção integral a filhos e filhas de mulheres vítimas de violência, paridade feminina obrigatória no Poder Público e no Judiciário, e regulação das plataformas digitais para enfrentar o ódio e a violência online. Outro ponto central é a execução integral e transparente do orçamento destinado às políticas de proteção.
A mobilização contou com a presença de ministras e da primeira-dama, Janja da Silva, em Brasília. A ministra Anielle Franco destacou a urgência do fim da cultura de violência no país, citando os assassinatos de sua irmã, Marielle Franco, e da líder quilombola Mãe Bernadete:
“Estamos aqui para dizer que seguiremos vivas, de pé, ocupando todos os espaços.”
Os atos também ocorreram em cidades como São Paulo, Teresina e Manaus. O documento final da mobilização será entregue ao Congresso, ao Ministério das Mulheres e à Presidência da República.
Da redação Itapuama FM, com informações da Agência Brasil
Imagens: Manifestação em Recife
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