Mais 5 jornalistas mortos: Organização Repórteres Sem Fronteiras diz que ofensiva isrwwaelense foi direcionada à imprensa
- Michael Andrade
- 26 de ago.
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Ataques israelenses contra um hospital no sul de Gaza resultaram na morte de pelo menos 20 pessoas, entre elas cinco jornalistas. Desde o início da guerra, mais de 260 profissionais de imprensa foram assassinados no território palestino.
Foram dois bombardeios em sequência. Testemunhas relataram que, após a primeira explosão, equipes de resgate, profissionais de saúde e jornalistas correram para o local. Minutos depois, ocorreu o segundo ataque.
As vítimas entre os jornalistas foram identificadas: Hussam Al-Masri, repórter cinematográfico da Reuters; Mariam Abu Dagga, videojornalista colaboradora da Associated Press; Mohammed Salama, fotógrafo da TV Al-Jazeera; Moaz Abu Taha, que prestava serviços à NBC; e Ahmed Abu Aziz, que trabalhava para veículos de imprensa árabes.
As agências Reuters, Associated Press e Al Jazeera lamentaram as mortes e ressaltaram o risco extremo enfrentado por jornalistas em Gaza. O diretor da organização Repórteres Sem Fronteiras, Thibaut Bruttin, afirmou que há indícios de que o alvo tenha sido propositalmente jornalistas. Segundo ele, o primeiro drone atingiu o terceiro andar do hospital, conhecido como local de trabalho da imprensa, e oito minutos depois houve a segunda explosão, quando equipes de resgate já atuavam.
As Nações Unidas também condenaram o ataque, classificando-o como violação do direito internacional por atingir civis, profissionais de saúde e jornalistas.
Governos estrangeiros reagiram. O presidente da França, Emmanuel Macron, considerou o episódio intolerável e destacou que civis e jornalistas precisam ser protegidos em qualquer circunstância. Ele defendeu a liberdade da mídia para mostrar a realidade do conflito.
A Turquia manifestou posição ainda mais dura. O presidente Tayyip Erdoğan acusou Israel de destruir “tudo o que representa a humanidade”. Já o ministro da Saúde turco, Kemal Memişoğlu, declarou que Israel “age sob a ilusão de que pode impedir a divulgação da verdade atacando jornalistas”.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, classificou o ataque como um “acidente” e afirmou que o episódio será investigado.
Da redação Itapuama FM, com informações da Agência Brasil
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