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Golpe do falso advogado: Polícia Civil de Pernambuco inicia segunda fase de operação e prende 2 mulheres em Arcoverde

Operação Códice: Mulheres foram presas em Arcoverde. Um terceiro alvo, identificado durante as investigações, ainda está foragido. (Imagens: Reprodução/PCPE).
Operação Códice: Mulheres foram presas em Arcoverde. Um terceiro alvo, identificado durante as investigações, ainda está foragido. (Imagens: Reprodução/PCPE).

A Polícia Civil de Pernambuco (PCPE), através da 156ª Delegacia Regional de Arcoverde e em continuidade à Operação Códice - que investiga crimes praticados por uma organização criminosa especializada em aplicar o chamado "golpe do falso advogado" - cumpriu na tarde da última segunda-feira (14) dois mandados de prisão.


A operação, sob responsabilidade do delegado Sandro Lourenço da Silva, teve início no dia 2 de julho, e tem como objetivo investigar crimes relacionados ao estelionato virtual.


A nova etapa da operação contou novamente com o apoio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil do Ceará, por meio da 7ª Delegacia de Homicídios de Fortaleza/CE.


A ação resultou na captura de duas integrantes da organização criminosa: T. B. P. e P. M. B. R., ambas presas em cumprimento a mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça de Pernambuco, com base em inquérito conduzido pela equipe da 156ª DP. Um terceiro alvo, identificado durante as investigações, ainda se encontra foragido e segue sendo procurado pelas equipes envolvidas.


Com os avanços das diligências, a operação contabiliza até o momento:


• 2 prisões temporárias convertidas em preventiva,

• 3 prisões preventivas efetivamente cumpridas,

• 1 medida cautelar diversa da prisão, consistente no uso de tornozeleira eletrônica,

• 1 mandado de prisão preventiva ainda pendente de cumprimento.


A Operação Códice foi deflagrada inicialmente em 02 de julho de 2025 e tem como foco desarticular um esquema de estelionato que utilizava indevidamente a imagem de advogados e o nome do Poder Judiciário para extorquir vítimas por meio de aplicativos de mensagens.


O grupo criminoso se aproveitava de informações verdadeiras sobre processos judiciais em andamento para simular cobranças de “custas processuais” e convencer as vítimas a realizarem transferências bancárias, em um golpe de alta sofisticação e grande impacto emocional.


De acordo com nota da PCPE, a deflagração desta nova fase reforça o compromisso da Polícia Civil de Pernambuco com a continuidade das investigações, a cooperação interestadual e a responsabilização de todos os envolvidos na cadeia criminosa. A captura das duas investigadas representa um avanço significativo na elucidação dos fatos e no desmonte da estrutura operacional do grupo.


A Polícia Civil destaca ainda que as investigações prosseguem com rigor, com o objetivo de localizar o foragido e concluir a responsabilização penal de todos os autores. A Operação Códice permanece como símbolo de resposta firme e coordenada frente aos crimes cibernéticos que afetam diretamente a confiança da população nas instituições jurídicas e no exercício profissional da advocacia.


Primeira Fase - A Polícia Civil de Pernambuco, por meio da 156ª Delegacia de Arcoverde, sob a coordenação do Delegado Sandro Lourenço da Silva, deflagrou na manhã do dia 02 de julho de 2025 a Operação Códice. O nome da operação faz referência ao termo latino que remete a códigos e leis — uma alusão direta à forma como os criminosos exploravam a estrutura jurídica para aplicar o golpe do “falso advogado”, além de homenagear os verdadeiros operadores do Direito, duramente atingidos pela ação fraudulenta da organização criminosa.


Com ampla repercussão nacional, o golpe do falso advogado consistia na utilização indevida da imagem de profissionais da advocacia para aplicar estelionatos por meio de aplicativos de mensagens. As investigações tiveram início no mês de março deste ano, após os primeiros registros de vítimas na região.


Só na área de atuação da Delegacia de Arcoverde, mais de 20 pessoas foram lesadas, gerando expressivos prejuízos financeiros, uma vez que o golpe consistia em simular a cobrança de emolumentos judiciais para liberação de supostas “causas ganhas”.


Os criminosos tinham acesso a informações privilegiadas sobre processos que de fato tramitavam no Poder Judiciário, o que conferia verossimilhança ao golpe e fazia com que as vítimas acreditassem na legalidade do contato, chegando a transferir altos valores para contas indicadas pelos golpistas.


A complexidade do caso exigiu diligências interestaduais. Uma equipe da 156ª DP percorreu cerca de 800 quilômetros até a cidade de Fortaleza/CE, onde, com o apoio de uma força-tarefa composta por aproximadamente 12 policiais civis cearenses, entre Delegados e Investigadores, foram cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão. A ação conjunta resultou na prisão de dois integrantes da organização criminosa, além da identificação de outros líderes do grupo, que atuavam de forma articulada em diversos estados do país.


A operação representa não apenas um avanço investigativo, mas também uma resposta firme e necessária às vítimas — muitas delas profundamente fragilizadas emocionalmente e descrentes na responsabilização dos autores. A Polícia Civil reafirma, com essa ação, que crimes praticados pela internet também deixam rastros e não ficarão impunes.

As investigações seguem em curso, com o objetivo de alcançar todos os envolvidos na cadeia criminosa, desarticulando por completo o grupo e garantindo justiça às vítimas.


Caso nacional - A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) foi destaque no Jornal Nacional, no mês de março, para alertar sobre criminosos que estão se passando por advogados e escritórios de advocacia para aplicar golpes em todo o país. Confira o vídeo publicado no perfil da OAB do Ceará.



















































Da redação/Itapuama FM.

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